sexta-feira, 6 de setembro de 2013

domingo, 15 de julho de 2012

_saudade de mim


Sinto saudade da minha insanidade.

O tempo passou e com ele veio uma serenidade que deveria ser bem vinda, mas ao contrário, é incômoda. A serenidade trouxe mais tempo. Mais tempo significa que o que eu não fiz hoje posso fazer amanhã, a pressa passou, a ansiedade passou, o turbilhão de idéias borbulhando na cabeça passou.
Isso não é bom.
Deveria ser ao contrário. Eu deveria ter mais pressa agora que a maturidade está chegando. De hoje em diante as mudanças são diárias. Meu rosto se modifica, meu corpo se modifica, e o que eu mais temia também acontece: fica mais difícil sonhar acordada.
É como se de repente eu tivesse instalado um plugin que me aprisiona à realidade. E a realidade é gostosa, não se engane. Eu leio, eu cuido do jardim, eu sorrio mais tranquila, eu penso em coisas que antes não pensava. Eu até tenho mais paciência com as pessoas. Mas e a paixão? E os pensamentos desvairados? E a eterna conversa com personagens impossíveis, as histórias de amores inatingíveis? Cadê?
Será que envelhecer é assim? É ficar mais calma, mais feliz, mais tranquila? Se é, deixa eu contar pra vocês que é chato. É muito chato envelhecer.
Morro de saudade de ver os vários estilos do cabelo do Dju, da Deo neurótica dizendo euforicamente que está gorda, das saidinhas escondidas, do frio na barriga, das idas as baladinhas as escondidas...
Muita saudade de ser eu.
Será que ao perfurar o solo para os alicerces da minha casa eu criei raízes que nunca mais me deixarão voar? Será que estou enfeitiçada, atada irreversivelmente ao mundo real , condenada a cuidar das contas e do supermercado? Será que nunca mais vou encontrar uma história de amor entre uma caixa de chá e um pote de doce de leite? Será?

Estou pagando meu próprio resgate a quem quer que saiba como sair deste marasmo confortável.

Alguém me dá uma poção desconfortabilizadora de escritoras adormecidas.
Me beija, príncipe. Eu quero acordar.
By Gabbie

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O que pode ser feito por um mundo melhor?”

#Por1MundoMelhor vamos...


"ACEITAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO
ANDAR TODOS JUNTOS NUMA MESMA DIREÇÃO
SER FELIZ ACIMA DE TODA DIFICULDADE
AMAR AO PRÓXIMO...
...AMAR MAIS "


                        
O mundo é nosso! 
Se todos juntarem a vontade que tem em si para mudar o mundo
e se unir aos demais, poderemos fazer um mundo melhor!

                          (Gabbie Mariano)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

what?

Sim todas as noites sao assim.bebendo. hehe
O tempo passa, o tempo passa, e as pessoas aparecem na minha frente de tempos em tempos para fazer a mesma pergunta: qual é o seu maior sonho? Qual é o seu objetivo na vida?
Ai! Que invasão de privacidade...que coisa desagradável.
Eu não sei pensar nisso. Não aprendi, não nasci com o gene de quem pensa nisso. Não tenho temperamento para isso. Daí ele me diz: "mas que coisa vazia não ter um grande sonho".
Eu não tenho, dá licensa? E a minha vida está tão longe de VAZIA, meu coração está tão longe do abandono, meu caminho está tão longe do deserto...
Eu invejo quem tem grandes ambições. Juro. Porque toda vez que eu parei pra pensar no que queria da vida, tive uma dificuldade gigantesca para me responder. As palavras não aprecem. As imagens ficam embaçadas. Eu quero tudo e não quero nada. Acho que quero viver e ser feliz.

Eu sempre me juntei a pessoas com grandes ambições e ajudei a planejar e alcançar cada um de seus objetivos. E a quem não tinha uma ambição eu apresentei uma. Sou boa nisso. Quem sabe esta seja a minha missão por aqui?
Quando eu era uma namoradeira inveterada, minha mãe conhecia um namorado meu e dizia sempre a mesma frase: "Lá vai ela...transformar um ninguém em um grande homem para depois ir embora." Era isso mesmo. Sempre foi isso mesmo. Colocar coisas no mapa. Colocar pessoas na lista. Instalar lâmpadas e lanternas para que tudo seja finalmente enxergado. Depois, tirava "as rodinhas da bicicleta" e deixava a criatura viajar sozinha.
Isso não faz de mim nada especial. Isso eu faço sem querer, fácil, com o pé nas costas. E talvez eu tenha vindo ao mundo pra fazer só esse tipo de bobagem.
Deus perguntou: "E aí? O que vai ser? Ser grande, ou estar por trás dos grandes?"
Hm...essa imagem me tranquiliza. hahaha.
Esta semana ouvi de uma alma amargurada: "o que é você? Algum tipo de anjo que aparece quando a gente precisa?" Será? Só porque eu vejo melhor a sua dor e a solução para ela do que veria a minha própria. Só porque eu sou metida e não tenho papas na língua? Só porque você estava triste e eu resolvi falar com você? Não sei. Talvez eu esteja aqui para isso. Eu, tão confusa e atrapalhada, sou capaz de tirar pessoas do limbo, de trazer de volta à vida quem estava desistindo. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, é o lema. Se você fizer o que eu faço, vai entrar num buraco, porque eu nunca faço nada muito certo. Mas se ouvir as minhas palavras, vai sair desse seu buraco negro. Vem cá. Põe a mão aqui e pode roubar a minha energia porque ela deve estar aqui pra você.
Mas e os meus próprios sonhos? E meu goal in life? Cadê?
Passei a vida deixando que ela me levasse. A primeira vez que fui invadida e ferida gravemente, foi por um amigo que me disse: "Você tem que querer ser a melhor. Não existe nada abaixo dos melhores." Ai! Cala a boca! Eu nunca pensei nisso, nem sei como é tentar isso. Eu tenho 21 anos e sou tão feliz! Com que direito chega um doido amargurado e me diz um barbaridade dessas?
meses depois virei amiga dessa pessoa que anseia ser o melhor; e vem conseguindo a cada dia superar os melhores de uma maneira quase avasssaladora. E ele me diz: "você tem que lutar para ser a melhor."
Ai...eu sou! Eu sou a melhor amiga que você poderia ter. A melhor conselheira. Faço o melhor macarrão que você já comeu. Sou a melhor partner in crime que você jamais sonhou. A melhor crítica do seu trabalho que só te faz melhorar. O melhor papo da madrugada no msn. A melhor namorada. A melhor enfermeira. A melhor realizadora dos seus sonhos. A melhor platéia dos seus feitos. O melhor apoio nas horas complicadas. A melhor roteirista dos seus passos. A melhor presença...
A vida sempre me levou, apresentando as alternativas e os caminhos nas horas exatas. A vida sempre me presenteou com surpresas não planejadas. A vida sempre me premiou com a capacidade de enxergar o caminho, milhas além de qualquer um.
Eu não preciso ter um sonho. Eu passo a vida sonhando. Acordada. Do not disturb!

Solitaire

Texto retirado do site pegadas sujas!!!



A vida me sabota, eu sei.


Mas havia dias que eu sentia nela um quê de sumiço. Um quê de serenidade e lividez do desaparecimento. Ela estava ali, mas ela não estava aqui, comigo. Havia um rastro dela, físico, indivisível, mas dos seus olhos brotavam furta cores, milhões de tons, camaleões de matizes que indicavam o quanto ela estava partida, segmentada, perdida, distante.
Nem por isso deixei de desejá-la. Au contraire, passei a desejar e querê-la muito mais, como quem está prestes a deixar que a mão escorregue das suas mãos e o corpo desabe pelo precipício. A mão que segurava o corpo era minha. O precipício era eu. O grito era meu. A dor era ela.
E eu, na minha intolerância de só falar de mim, ia esquecendo o torpor dela. O silêncio dela me ofendia, enquanto as palavras caíam, indispostas, por algum dos lados da boca, sem força pra emitir som. Um troço incômodo, vago, mas que não dava motivo oficial para uma argumentação.
- O que você t…
- Nada.
Fim.
Nem por isso deixei de comê-la. Com força, com ódio, com violência, com amor. Não deixei de pegar nos seus braços, apertar sua bunda, lamber seus gostos todos. Não deixei de engoli-la por inteiro. Mas sentia, por todo o corpo, que alguma coisa havia saído do lugar.
Eu estava só.
Com ela ao meu lado. O que era um alento, um resto, fresta de sentimento.
Logo eu, cuja vida depende da sua boa vontade, estava só.

Tem a hora em que não entra mais ar, não entra mais porra, não entra mais pau e não entra mais vida. E tem a vida que sobrou dentro, e não pode sair porque senão acaba. Não quero que acabe.
E tudo seco e quente, e a boca para de dizer o que eu penso e o abismo cresce. E nem o sexo resolve, porque tem o que vem antes e o que vem depois, e eu não sei onde colocar os pontos, e as vírgulas.
Não quero que o hiato siga, não quero que a boca seque. Mas o ar que eu inspiro pelo nariz não me basta. Então eu cerro os lábios, e inspiro com força e cuidado pra não fazer barulho.
Someday, my happy arms will hold you
And someday, I´ll know that moment divine
When all the things you are,
Are mine.
Me come sem fazer barulho, sem beijo e sem falar nada. Não tenho nada pra dizer, não tenho como explicar. Queria chorar. Nem chorar, queria respirar fundo ou transpirar. Gozar indifere, quero que você seja o que entra e sai de mim.

Ritual do fim







A vida antigamente era mais difícil numa série de coisas, mas em outras era milhares de vêzes mais fácil. Principalmente no que diz respeito aos relacionamentos.
Falar e ver a pessoa amada não eram coisas tão simples, nem tão complicadas. Deu pra entender? Eu explico:
As pessoas se conheciam no bonde, no ônibus, na festa, no clube. Fato: elas se conheciam assim, fisicamente, olho no olho. A primeira impressão era realmente à primeira vista. Uma ouvia a voz da outra, sabia a altura, o tamanho, os atrativos e os nem tanto, sentia o cheiro. Sabe assim? Como os homens da caverna? Coisa antiga...
Pois bem. Como fazer para se encontrar de novo? Pouquíssimas possibilidades. Nem sempre alguém passa pelo mesmo lugar duas vezes em uma semana, a não ser quem se conhecesse no trabalho -- mas não se come a carne de onde se tira o pão (cof cof...eu nunca!).


Depois tinha o telefone. Era preciso descobrir o número da pessoa e, para tal, bastava procurar na lista telefônica de assinantes, caso tivesse dado tempo de saber o sobrenome . Depois de conseguir este tesouro, telefonar era uma coisa meio cara, então ninguém abusava. Falar todo dia já era uma coisa exagerada, mais de uma vez por dia era coisa de gente louca. Sem celulares e mensagens de texto, era impossível mandar um  :)  de vez em quando para se fazer presente.
Em compensação, naquela época, se um homem aparecesse de surpresa na porta da casa ou do trabalho da moça, ou se telefonasse para a casa dela, ele não era considerado um stalker, ao contrário, era uma demonstração de interesse e afeição apreciada até. E as pessoas escreviam cartas. Isso: Cartas! O carteiro não trazia contas, trazia CARTAS. Para as contas, existiam os carnês -- que não eram enviados pelo correio.


Pois bem...um namoro envolvia cartas, bilhetes, fotografias, presentinhos fofos. E o final de um namoro envolvia devolver, rasgar ou queimar cartas, bilhetes, fotografias e presentinhos fofos.
O ato de rasgar era a grande catarse. Depois de lágrimas sem fim, dias de sofrimento ou de raiva, você simplesmente abria aquela caixa, remexia tudo, escolhia meia dúzia de coisinhas para guardar - isso entre soluços e ataques de fúria - e rasgava página por página, envelope por envelope, jogando toda a sua energia e todo o seu sofrimento neste ato. Um ritual de luto. É como enterrar seus mortos. Eu nunca fiz isto. Eu guardo todas as cartas, fotos e mimos dos exs. O que gera um aborrecimento enorme com o "atual". Dan, eu ainda tenho todas as suas cartas e fotos viu? hehe  Marcooo (ex noivo) eu tbm tenho as cartas, menos as fotos que estavam no HD. hehehe

O luto é necessário para a aceitação. Depois do enterro, você chora, se descabela, mas não encontra mais o morto andando por aí. Depois do enterro, você espera lá seus sete dias, manda rezar uma missa ou o que quiser...e está liberado do sofrimento. Kind of.  Rasgar cartas e fotos é exatamente a catars e do luto dos relacionamentos. Queimar então...maravilhoso. Depois deste momento, você é oficialmente uma pessoa mais leve.

Pois bem...ERA!
Porque hoje não tem como. As pessoas terminam e continuam vendo o nomezinho da criatura ali na janela do messenger com uma bolinha verde que praticamente diz "disponível, mas não para você". E fotos que mudam todos os dias. E Facebook, Orkut, Twitter, notícias que não param de chegar. São lembranças postadas por todos os cantos da web e ainda tem o grande cemitério das almas perdidas -- que se chama Google -- capaz de achar as imagens de vocês dois juntos que aquela tia dele postou.
Se ela pinta o cabelo, ele vê. Se ele começa a malhar, ela repara. Se um dos dois namora, o status muda como um tapa na cara.
É a vida eterna dos amores perdidos.
Quando você termina um relacionamento, o histórico do messenger também desaparece? E o do Skype? Não...você pode encontrá-los bem na hora que já estiver se recuperando, reler tudo e ter uma master recaída. E os e-mails? Você pode deletá-los todos, mas ao contrário do ato de rasgar, o que fica não são fragmentos de declarações de amor em forma de papel picado...é o vazio. Deletar não cumpre o ritual do luto.
A internet é a volta dos mortos vivos. Ex-namorados-Zumbis. Ex-mulheres-imortais. Eles se vão, mas nunca partem. E se bebem, entram de madrugada pra escrever mensagens saudosas que não vão lembrar de manhã. Como lidar?

É preciso criar outro ritual de luto para preservar os corações dessa bagunça. É urgente!


By Gabbie


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Confesso a minha intolerância

As coisas em que acredito ferem menos as pessoas do que aquelas nas quais eu não acredito. E este meu “não acreditar” vem de algum lugar escondido dentro de mim. Eu já tentei acreditar com todas as minhas forças, e quanto mais tento, mais meu raciocínio lógico me faz cética e eu caio no pensamento de sempre: será que eu não mereço acreditar?

por que as pessoas  precisam tanto acreditar em algo mais forte do que elas, que possa puní-las se agirem errado e dar-lhes um lugar no céu se forem bons? Elas não sabem agir certo simplesmente por ser certo? Não sabem que não se pode prejudicar o próximo? Não entendem que para toda ação existe uma reação? Que você recebe o que dá e colhe o que planta? Não dá para simplesmente agir direito porque a gente deita a cabeça no travesseiro e dorme tranqüilo? Não sabem que só a paz de espírito é o verdadeiro paraíso?
Que tipo de animais nós somos?
As coisas em que acredito ferem  menos do que aquelas em que eu não acredito. Trust me. Se eu fosse pedir alguma coisa a Deus, pediria para ser ignorante.


By Gabbie

Confissão

Então, o que passa?
O que passa que eu ando calada?
Eu ando calada? Nada! Eu tenho falado mais do que o homem da cobra, em frases curtas em Espanhol com 140 letras - todas contadas -, sem pontuação, sem me preocupar com maiúsculas.
Tenho falado besteira, tenho rido demais...
Tentando tirar de mim aquele dia em que me entreguei à você.  Hoje tenho medo, medo e medo de que esse dia permaneça comigo por alguns dias,semanas...


By Gabbie

Te amO!

É grande demais... maior que eu, maior que tudo,
a presença da sua ausência.



Tenho o rosto lavado pelas lágrimas que eu ainda não tinha chorado.


(tears stream down your face
when you lose something you cannot replace...)

By Gabbie